segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

29 de Janeiro foi o dia de combate e prevenção a Hanseníase



HANSENÍASE

Hanseníase é uma das doenças mais antigas que acomete o homem, antigamente era conhecida como lepra. As referencias remotas refere dados sobre a hanseníase (lepra) 600 anos A.C. Trata-se de uma doença causada pelo bacilo Mycovacterium leprae,descoberto em 1873 pelo médico Amaneur Hansen, que possui a capacidade de infecta grande número de indivíduos. O domicilio é apontado como o importante espaço de transmissão da doença. No Brasil, ocorre cerca de 47.000 casos novos são detectados a cada ano, considerado como um grande problema de saúde publica, devido atingir principalmente as pessoas na faixa etária economicamente ativa. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado à capacidade do bacilo penetrar a célula nervosa e também ao seu poder imunogênico. 

A Hanseníase, pode ser classificada em:
                             
Paucibacilar – poucos bacilos -: até 5 lesões de pele
Multibacilar – muitos bacilos -: mais de 5 lesões de pele.

RESERVATÓRIO

O homem é reconhecido como a única fonte de infecção.

MODO DE TRANSMISSÃO

A transmissão se dá entre pessoas.  Uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB), estando sem tratamento, elimina o bacilo pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim transmiti-lo para outras pessoas suscetíveis.  O contato direto e prolongado com a pessoa doente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar, aumenta a chance da pessoa se infectar. 


IMPORTANTE

A partir do momento que a pessoa doente inicia o tratamento deixa de transmitir a doença. Ela não precisa ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar e pode manter relações sexuais com seu parceiro ou parceira.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO

O período de incubação pode variar em média de 2 a 7 anos. Há relatos de períodos curtos de manifestação da doença em 7 meses a períodos prolongados, de 10 anos.

SINAIS E SINTOMAS


Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade;



• Área de pele seca e com falta de suor;
• Área da pele com queda de pêlos, especialmente nas sobrancelhas;
• Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade ao calor, dor e tato. A pessoa se queima ou machuca sem perceber;
• Sensação de formigamento (Parestesias);
• Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés;
• Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
• Úlceras de pernas e pés.
• Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
• Febre, edemas e dor nas juntas.
• Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz.
• Ressecamento nos olhos.
Locais do corpo com maior predisposição para o surgimento das manchas: mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas







Importante: Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas.


TRATAMENTO
O tratamento específico é encontrado nos serviços públicos de saúde (SUS) e é chamado de poliquimioterapia (PQT), porque utiliza a combinação de três medicamentos. Os medicamentos utilizados consistem na associação de antibióticos, conforme a classificação operacional, sendo:

Paucibacilares: rifampicina, dapsona - 6 doses em até 9 meses;
Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina – 12 doses em até 18 meses;



O paciente vai ao serviço mensalmente tomar a dose supervisionada pela equipe de saúde, e pegar a medicação para as doses que ele toma diariamente em casa.

A regularidade do tratamento e o início mais precoce levariam a cura da hanseníase mais rápida e segura. A poliquimioterapia mata o bacilo e evita a evolução da doença, prevenindo as incapacidades e deformidades por ela causadas, levando à cura. O bacilo morto é incapaz de infectar outras pessoas, rompendo a cadeia epidemiológica da doença. Assim sendo, logo no início do tratamento a transmissão da doença é interrompida e, se realizado de forma completa e correta, garante a cura da doença. A alta por cura é dada após a administração do número de doses preconizado pelo esquema terapêutico, dentro do prazo recomendado. 




MINISTÉRIO DA SAÚDE





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